sexta-feira, 10 de junho de 2016

Ah...

Na madrugada, ouvindo Zelia Duncan, sem nenhuma ideia na cabeça e diversas resoluções não feitas. quando é que eu vou tomar um rumo na vida?
Fazer o trabalho no tempo certo, dormir mais, usar menos redes sociais, fazer o que planejo, estudar, ser mais confiante em mim mesma, estudar mais, escrever mais, produzir mais, estudar mais, isso é realmente importante...
sou viciada no amor, sou viciada na vida de uma maneira simples, tudo que me empurra me impulsiona e ao mesmo tempo me machuca. Ao passo que ultimamente, poucas coisas tem me dado realmente animo de vida. Minhas reclamações estão todas cansadas

Visita

Lembrei hoje daqui. De quando mantinha esse espaço e como era bom escrever essa espécie de diário compartilhado. Vez ou outra surgia um comentário e mantinha assim esse contato, mais ou menos íntimo. Não é como o facebook, curtiu, comentou, compartilhou, rapidinho assim. Tem espaço, dá para escrever, mudar fonte, vai além de uma timeline.

Tanta coisa mudou desde que eu escrevia com frequência por aqui. Aprendi (tive que aprender em alguns casos) a não escrever com pessoalidade, a citar as fontes, a fazer referências...quanto não me joguei no lixo por me fazer incapaz nesses anos.

No entanto, cá estou eu novamente. Escrevendo essas coisas pessoais, falando da miserabilidade humana com ares de quem já está crescidinha, mas que se enfia num escape qualquer para chorar suas pitangas.

Está frio, bem frio. Tenho tido vontades e pouca coragem, ou talvez coragens e pouca vontade de fato. Caso este, estou aqui, escrevendo pela mera vontade de ir digitando o que aqui me ocorre, achando-me ridícula por ainda insistir e ainda fazer isso publicamente. Vamos lá...seja adulta. Você não tem mais dezessete anos.

Tenho visto séries aos montes. Minha vontade de estudar aumentado com a mesma intensidade e força que diminui a quase zero. Pelos medos que aprendi a impregnar como sangue em minhas veias, na mania constante de não me achar boa o suficiente, mesmo quando sei que posso ser melhor do que posso parecer para mim mesma.

Medos são fantasmas que nos tapam o ar e amarram as pernas. Não sei mais se quero voar ou se só fantasio com isso.

A quem algum dia talvez leia isso, só esqueça.

A mim, na próxima visita, talvez daqui a alguns anos: Espero que esteja melhor.

L.
10.06.2016.