domingo, 8 de maio de 2011

CARTA A UMA AMIGA DISTANTE.

Há um tempo atrás, eu te escrevia para provar que amizades de verdade não se modificam com o tempo...que com a constância do carinho, elas seriam sempre como flores vivas num dia azul de sol brilhante...
O tempo ficou pra trás e a distância nos tomou.
O que me faz ver que embora nossos esforços resistam, nem mesmo as amizades verdadeiras permanecem iguais, isso se deve a todo o fluxo de acontecimentos e transformações que somos submetidos dia a dia e que nos transformam e nos modificam, com ou sem nosso consentimento...
Pensando bem, elas se modificam sim, passam por oscilações, ainda mais quando a distância é ampliada, de flores vivas num dia de sol, elas passam a delicadamente habitar num livro, não com a mesma vivacidade, mas com todo o significado que possuem...e estando assim, apesar do lindo brilho que perdem, elas ganham uma nova e grandiosa característica: podem ser carregadas conosco onde quer que estejamos.
É claro que eu sinto a sua falta, das nossas conversas, de toda a cumplicidade que nos cercava e de todos os nossos sonhos que eram sonhados juntos...
Mas teu carinho está muito bem vincado por aqui, sempre presente...ainda que mais distante...pulsando sempre e não me deixando esquecer, nem que se passem mil anos.
A vida nos leva e traz coisas o tempo inteiro, cabe a nós sabermos recebê-las e vê-las partir quando o crescimento carece disso para acontecer.
Alminha minha, amiga, que eu tanto amo.
Pra sempre.
Bom crescimento, a ti, a mim, a nós.
Ainda que mais tênue, mais translúcido, que esse nosso fio de amizade nunca se rompa.
Vous sais que Je t'aime. BEAUCOUP.